Receitas de Natal Com Memórias - Mousse de Tangerina
Durante muitos anos o meu pai exerceu medicina numa terra da margem sul onde muitas pessoas viviam do trabalho do campo e quando chegava ao Natal eram habituais ofertas de produtos hortícolas.
Um dia chegou carregado de tangerinas, a minha mãe sem saber o que fazer com tanta fruta, resolveu fazer pela primeira vez sonhos, sonhos de tangerina.
E ficaram bons, bons de mais. A verdade é que era ela a fritar e eu a comer. Comi tantos que durante anos e anos, nem o cheiro das tangerinas conseguia sentir, tal foi o abuso naquele dia.
(se calhar nem foram assim tantos porque não consigo comer muitos doces de seguida mas foi muito mais do que a conta ) .
Agora que já gosto novamente do sabor da tangerina, criei esta mousse. Uma ideia refrescante que fica excelente no meio de sobremesas mais "pesadas".
6 taças
Tangerinas - 8
Bebida de Espelta (sem adoçante ou outra à escolha) - 500ml
Agar-agar em Pó - 1 colher de sopa
Amido de Milho (Maizena) - 1 colher de chá bem cheia
Geleia de Arroz - 3 colheres de sopa + 2 colheres de sopa
Num tacho juntar o leite de espelta, sumo e raspas de 4 tangerinas, a agar-agar, a geleia de arroz e o amido dissolvido em 100ml de água. Misturar tudo muito bem e levar ao lume até ferver por 5 minutos mexendo de vez enquanto para não pegar.
Deitar num recipiente de vidro e deixar esfriar por 90 a 120 minutos. Ao fim deste tempo, a mistura deverá ter a consistência de um pudim. Juntar o sumo das outras 4 tangerinas (descascar antes de espremer o sumo, sem apanhar a parte branca) e bater com a varinha mágica até ter a consistência de uma mousse.
Cascas de Tangerina Caramelizadas
Pegar nas cascas das 4 tangerinas utilizadas no final, cortar em tiras finas e reservar. Levar 2 colheres de geleia de arroz numa pequena frigideira ao lume e assim que aquecer juntar as tiras de tangerina, envolver bem até a geleia começar a borbulhar.
Deitar sobre a mousse.
E não se esqueça de por sempre uma pitada de amor na sua comida e uma pitada de especiarias na sua vida.
Ana